domingo, 13 de fevereiro de 2011

Já passou algum tempo desde o ADEUS, mas parece foi que foi ontem…
Parece que ainda ontem estávamos juntos, que nem um nem outro largávamos o telemóvel para podermos estar sempre a falar, parece que foi ontem que discutimos e que tudo acabou.
Falávamos em que era para sempre, e…

Afinal o que se passou, o que fez com que a nossa vida desse uma volta de 180º e virasse tudo do avesso?
Houve tempos em que o simples facto de estares a falar com outra que não eu me irritou, me magoava e fazia mesmo com que corressem lágrimas pelo rosto, o facto de não me falares, de pareceres sempre contente e ‘na boa’ apesar de aquele dia ter sido tão recente faziam-me sentir um trapo, um lenço do pó que tu usaste durante o tempo que quiseste e depois metes­­‑te no lixo… senti que o mundo ia acabar, sentia que até tinhas razão quando dizias que era para sempre, porque o meu fim era ali, ali era a meta e eu não esperava por ela. Magoaste-me muito, fizeste-me sentir culpada e vítima ao mesmo tempo, por um lado triste por outro contente, era uma mistura tal de sentimentos que achei que realmente era melhor que aquela fosse a minha meta, caso contrário iria dar em maluca.

Mas não foi…, aquela não era, ainda, a minha meta. Costuma-se dizer que em situações limites o ser humano deseja a morrer em vez de enfrentar a situação, acho que isso era o que se passava comigo. Eu não imaginava a minha vida sem ti e preferia nem sequer pensar como seria…

Tudo mudou…

A vida tem de seguir em frente e ninguém deve parar e vê-la passar…

E foi o que fiz, segui em frente… custou, e muito, não te vou mentir, mas consegui e não deixei que a vida continuasse a caminhar sem mim...

Quero que saibas que nunca vou esquecer aquilo que tivemos e que foste e serás sempre uma pessoa muito especial para mim…

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

I'm on the precipice...

Aqui estou eu…parada, imobilizada, sem saber o que fazer…
Estou mesmo no limite, ou sigo em frente ou volto para trás…
A caminhada que fiz até aqui chegar não foi fácil, e também nem sei porque a fiz, mas agora já aqui estou e não sei mais o que faze. Se seguir em frente caio em total queda livre, e a adrenalina, o amor, a felicidade, a alegria, sei que só as vou encontrar nessa queda, mas e quando chegar ao chão??? Será que vou ter pára-quedas??? Será que vai lá estar alguém para me agarrar???
Voltar para trás seria a opção mais sensata, mas o que vou encontrar?! Nada… a não ser aquilo que já conheço… o caminho que é sempre, tirando uma curva ou outra, uma queda, um tropeção numa pedra, muito semelhante ao que ando a percorrer.

Eu sei que me atirar daqui é o que mais me vai fazer feliz, pelo menos enquanto estiver em queda, e quero mesmo arriscar, mas tenho medo… medo do depois… tenho medo de cair lá no fundo sem que nada me ampare a queda, tenho medo dos arranhões, das feridas e hematomas, tenho medo…
Se ao menos tivesse a certeza que saltavas comigo e que depois deste inicio cheio de adrenalina e aventura continuavas comigo e mesmo que me ferisse ficarias lá e estarias sempre disposto a curar-me… mas não tenho essa certeza, não tenho a segurança que esperava que me transmitisses, não tenho nada disso e é isso que me impede de saltar e ser feliz…

sábado, 29 de janeiro de 2011

sábado, 22 de janeiro de 2011

Olhar as Estrelas*

Hoje decidi deitar-me no jardim…, fechar os olhos e ouvir… Nem sei bem o quê…, os carros a passar, as pessoas que fazem as suas caminhadas nocturnas e que vão falando e no entretanto…

…o silêncio.

Há muito tempo que não ouvia um silêncio como este, senti que tinha sido transportada para um outro mundo, no qual estava completamente sozinha, o único som que ouvia era o do meu respirar.
 

No meio de tanto silêncio abri os olhos e olhei para as estrelas, lembrei-me de um livro que lera no qual um rapazinho ouvia as estrelas e então, esquecendo-me de tudo o que sei de concreto à cerca destas, imaginei que aqueles maravilhosos pontinhos amarelos esbranquiçados falavam, pelo menos no meu mundo elas falavam… e eu conseguia ouvi-las.

Fechei novamente os olhos e deliciei-me a ouvir as estrelas e fiquei espantada… Elas sabem imenso sobre cada um de nós, conhecem-nos e sabem sempre onde estamos, pois elas estão sempre ali, penduradas naquele imenso azul, porque apesar de só as vermos à noite, de dia elas estão lá tal e qual, sempre atentas, sempre vigilantes…

Muitas vezes nos perguntam: “quem é que melhor te conhece?” a mim são sem dúvida as estrelas, sabem sempre onde estou, o que faço o que digo e têm uma sensibilidade tal, que até sabem o que sinto.

As estrelas são as companheiras de uma vida, e eu gosto de ouvir o que elas dizem, porque eu acredito que elas falam, mesmo que seja só no meu mundo…

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Morro por dentro, pedacinho a pedacinho desfaço-me e não me consigo reconstruir. A cada dia, mais um bocadinho de mim morre, mais um bocadinho de mim se desfaz.

Não consigo estar perto, nem longe. O perto dói por não ser suficientemente perto, o longe dói por não suficientemente longe.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Quando estamos longe daqueles que mais amamos sentimos um vazio enorme dentro de nós. Ao longo do tempo esse vazio vai-se enchendo, e com o passar dos dias parece que cada vez, nos sentimos melhor. Já não há saudade, já não há dor, como se a distância encurtasse a cada dia que passa, e a cada dia que passa o vazio que tínhamos se enche-se.

Enche-se de ilusões, com a ilusão que a dor que a distância nos provoca suaviza com o tempo, com a ilusão de que a saudade, pelo menos, diminui. Mas é só ilusão. Uma ilusão criada pela nossa cabeça para que nos habituemos à distância. E à saudade. E à dor. E à ausência.


Mas depois há aqueles dias que em que vemos que a distância não diminuiu e vemos que a ausência continua a doer e deixar saudade.

Voltamos ao vazio…
e voltamos a enchê-lo de ilusões. Apesar de sabermos que são ilusões deixamos que ocupem o vazio, porque pelo menos dão-nos conforto e aconchegam-nos a alma…

O meu coraçãozinho está tão vazio que nem todas as ilusões do mundo chegam para me aconchegar... a única coisa que o faz é a tua presença, reduzir a distância a zero (zero mesmo) faz-me sentir aconchegada, feliz, protegida, fazes-me sentir bem...

domingo, 2 de janeiro de 2011

Hoje não pode ser o último, não pode…

Fica tanta coisa por dizer, tanta coisa por fazer… Faltam-me mais trambolhões, mais desilusões, mais vitórias, mas alegrias, mais sorrisos, mais lágrimas, mais abraços, mais…, mais tudo. Ficas a faltar-me tu…

Quero viver o hoje o mais intensamente possível, quero estar com os amigos, com a família, contigo…, quero correr, saltar, rebolar na areia, deitar-me a observar as nuvens e as estrelas, quero Sentir (com ‘S’ grande) a brisa leve do vento, a água fria do mar, quero ouvir o barulho da cidade e o silêncio do campo… Quero dizer aquilo que sempre guardei para mim, com medo da reacção dos outros, quero pedir desculpa por aquilo que não pedi, quero perdoar quem não perdoei, quero concertar aquilo que estraguei…

Último dia…

É quando reflectimos sobre o nosso último dia que nos deparamos com a realidade de uma vida de tempo perdido… quantas vezes fiquei deitada no sofá a ver algo sem interesse nenhum na televisão?, ou fiquei na cama a fazer ronha com preguiça de me levantar? Valeu de alguma coisa???

NÃO!!!

Temos de viver intensamente, fazer o que queremos/temos de fazer, dizer o que queremos dizer, amar, saltar, rebolar, desfrutar das “pequenas” coisas da vida, gritar para o mundo que estamos aqui e que estamos vivos…

Se a vida acabasse hoje… eu não estava preparada…